Ao trabalhar com interiores temos que lidar com tudo que compõe e faz parte desse ambiente, ou seja, planejamos o design de tudo que está envolvido para que esse ambiente seja adequado ao ser humano.
Quando se fala em adequar ambientes, deve-se falar em acessibilidade, que objetiva atender todas as pessoas, sem esquecer as características de cada um, com a busca de suprimir a discriminação aos usuários e promover a sua integração. Acessibilidade é aquela característica do urbanismo, das edificações, do transporte e dos sistemas e meios de comunicação sensorial que permite seu uso por qualquer pessoa independente de sua condição física, psíquica ou sensorial.
Os Princípios do Design Universal
O design universal encoraja uma vida independente; tem as seguintes características: reconhece que deficiências não se tornam incapacidades; faz com que o ambiente atenda mais às necessidades comportamentais e físicas; e reitera a satisfação no desempenho das atividades independentes do cotidiano.
Princípios do Design Universal que devem ser observados quando concebemos e utilizamos produtos, serviços ou ambientes que deverão ser capazes de servir a um amplo leque de pessoas, incluindo crianças, adultos mais velhos, pessoas com deficiência, pessoas doentes ou feridas, ou simplesmente pessoas colocadas em desvantagem pelas circunstâncias:
- Acessibilidade / Adaptabilidade / Estética / Conforto / Segurança.
- 1. Acessibilidade
A acessibilidade é definida de forma genérica pela norma (ABNT – NBR 9050/04) como sendo a possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de edificações, espaços, mobiliário e equipamentos urbano. Esta norma faz abordagem de vários temas, que aliados a legislações federais, estaduais e municipais, caso fossem cumpridas e exigidas, seriam de fundamental importância.
- 2. Adaptabilidade
Refere-se ao projeto de produtos, espaços internos e externos que tenham características e elementos que possam ser prontamente ajustados, removidos e adicionados de maneira que possam ser utilizados de acordo com as necessidades de diferentes usuários ou diferentes situações.
- 3. Estética
(relacionada ao conceito de design universal) Refere-se a seleção de materiais, acabamentos, cores, iluminação, dispositivos, acessórios, ferragens, sinalização, etc. que promovam a interação das pessoas com seu meio construído, sem que o mesmo aparente ser diferente ou utilitário.
- 4. Conforto
Refere-se a seleção de materiais, acabamentos, mobiliário, cores, iluminação, etc. que promovam o conforto das pessoas em seu meio construído.
- 5. Segurança
Refere-se ao projeto de produtos, espaços internos e externos, e uso dos mesmos, que antecipem e previnam acidentes e machucados que possam vir a acontecer aos seus usuários.
Modificações Relativas à Idade que afetam a maneira como os espaços devem ser projetados ou adaptados e alguns cuidados a serem observados no planejamento.
- Problemas de visão
– utilizar iluminação adequada ao espaço e atividades desenvolvidas no
mesmo (iluminação geral, de trabalho, difusa).
– utilizar iluminação de transição (claro e escuro).
– favorecer o uso de contrastante (claro e escuro), aumentando assim a
capacidade das pessoas para localizar, detectar e diferenciar objetos
– evitar o uso de cores pasteis, como o azul e verde claro ou lilás.
– evitar o uso de superfícies altamente brilhantes, evitando assim o
reflexo que afeta o balanço, orientação, atenção.
– demarcar limites entre parede/piso.
– utilizar texturas diferenciadas em pisos e paredes.
– Favorecer a circulação e segurança dos usuários nos espaços,
eliminando barreiras, obstáculos e desníveis.
– distribuir o mobiliário de maneira a não comprometer a circulação.
– utilizar sinais sonoros.
- Problemas de audição
– utilizar iluminação adequada ao espaço.
– utilizar sinais visuais.
– utilizar materiais que reduzam os níveis de ruído em paredes, pisos e
tetos.
– distribuir o mobiliário de modo que a conversação seja favorecida.
- Problemas de locomoção
– criar alternativas para os obstáculos de circulação vertical e horizontal
(elevadores e rampas).
– observar se as normas de acessibilidade estão sendo aplicadas aos
espaços e equipamentos urbanos existentes.
– observar se a circulação favorece a locomoção.
– utilizar no piso materiais que favoreçam a circulação de todos os
usuários dos espaços (cadeirantes ou não).